sábado, 30 de novembro de 2013

Escolher por Não Se Ofender

Quando achamos ou dizemos que fomos ofendidos, em geral isso quer dizer que nos sentimos injuriados, maltratados, desprezados ou desrespeitados. Certamente ocorrem coisas irrefletidas, constrangedoras, censuráveis e mesquinhas em nossas interações com outras pessoas que podem fazer com que nos sintamos ofendidos. Todavia, no fundo é impossível para uma pessoa ofender outra. Na verdade, achar que alguém nos ofendeu é fundamentalmente falso. Ofender-nos é uma escolha que fazemos; não é uma condição infligida ou imposta a nós por alguém ou algo.

Na condição de seres humanos, fomos temos o arbítrio moral, a capacidade de agir e escolher de maneira independente. Investidos do arbítrio, todos somos agentes e, portanto devemos primeiramente agir e não só nos submeter à ação. Achar que alguém ou algo pode fazer com que nos sintamos ofendidos, zangados ou magoados é um insulto ao nosso arbítrio moral e reduz-nos a meros objetos sujeitos à ação. Contudo, como agentes, todos temos o poder de agir e escolher como nos conduziremos diante de uma situação ofensiva ou aviltante.

Em muitas ocasiões, optar por ofender-se é sintoma de um problema bem mais amplo e sério. A capacidade de estar imune às ofensas talvez pareça algo além do nosso alcance. É uma realidade inevitável. De uma forma ou de outra e mais cedo ou mais tarde, alguém nos
fará ou dirá algo que poderá ser considerado ofensivo. Um acontecimento desse tipo seguramente se dará com cada um de nós — e com certeza mais de uma vez. Ainda que as pessoas não tenham a intenção de nos insultar ou ofender-nos, pode ser que às vezes ajam de modo irrefletido ou careçam de tato.
Nenhum de nós pode controlar as intenções ou o comportamento dos outros. Contudo, nós é que determinamos a maneira como agiremos. 


Um dos maiores indicadores da nossa maturidade espiritual é a maneira de reagirmos às fraquezas, à inexperiência e aos atos potencialmente ofensivos dos outros. Ainda que uma coisa, um incidente ou uma expressão pareçam ultrajantes, podemos optar por não nos ofendermos — e ponto de dizermos: “Não importa”.

Texto o David A Bednar. Editado e aprimorado para o blog, sem perder a real mensagem do autor.

Sobre o blog



O Blog "Psykhe Psicologia" foi criado para ajudar o seu grande objeto de estudo, o ser humano. Ajudar, alguns de forma acadêmica, outros de forma psicológica e outros de maneira que só ele mesmo saberá!

Estaremos em "parceria" com um dos site mais importantes da psicologia, o Association for Psychological Sciense, estaremos traduzindo noticias, estudos, palestras e divulgando no blog. Mas é claro que teremos posts de autoria do blog e de outros sites que possam nos acrescentar.

Nossa visão: "Somos Apenas Humanos".